quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Máquina de criar sonhos
Um dos grandes responsáveis pelo descobrimento dos efeitos especiais do cinema foi George Meliès. Conheça um pouco sobre sua história e como ele desenvolveu a sétima arte de um modo totalmente novo (para a época):
George Méliès nasceu em 1861 e trabalhava como mágico ilusionista na França junto com sua esposa. Era dono do famoso teatro “Robert Houdin”. Além de mágica, nas horas vagas, Meliès gostava de concertar máquinas.
Os irmãos Lumière haviam acabado de inventar o cinema, e George esteve presente em sua apresentação do famoso “Cinematógrafo”, em 1895, em Paris. Ele se apaixonou pela invenção, e queria fazer parte daquilo que, para ele, parecia mágica. Fez a proposta de comprar a câmera dos irmãos, mas estes recusaram por não acreditarem que teria um futuro. Mesmo assim, não desistiu, e construiu sua própria máquina.
Certo dia, por acaso, enquanto filmava uma cena de um ônibus em movimento, seu equipamento parou de funcionar por instantes. Quando George viu o filme que havia gravado, percebeu que um carro havia aparecido no lugar do ônibus, pois ao voltar a funcionar, a câmera gravou o restante do que havia acontecido. Sem querer, percebeu que poderia fazer efeitos especiais, assim como fazia antigamente em seus truques de mágica, e descobriu a stop-action, técnica de fazer desaparecer e aparecer objetos.
O cinema teve sua revolução com a invenção de Meliès, pois seus filmes passaram a exibir histórias de ficção, atraindo diversos tipos de público. Ele dizia que o cinema era uma “máquina de criar sonhos”, e gostava de transformar os sonhos das pessoas em imagens animadas. A partir daí, construiu seu próprio estúdio cinematográfico com iluminação natural e artificial, cenários para as gravações e camarim para os atores, estrelando com a companhia cinematográfica “Star-Films”. George se tornou produtor, ator, diretor, figurinista e roteirista. Realizou cerca de 500 filmes e criou diversas técnicas de filmagem.
Sua primeira direção de ficção científica da história foi “Viagem à Lua”, exibido em 1902. O filme conta a história de homens que viajam até a Lua, onde são capturados por habitantes do local. Mas, apenas cinco anos após o lançamento do filme, Meliès encontrava-se falido.
Com a crise da Primeira Guerra Mundial, o público tornou-se mais realista, e não se interessavam mais pelo estilo dos filmes de George. Falido, teve que vender seus filmes, a maioria para fábricas de celulóide, onde eram transformados em sapatos para soldados. Revoltado, Meliès também destruiu parte de suas obras. Morreu em 1938, sem seu devido reconhecimento.
Mas hoje sabemos o quanto foi importante para a história do cinema! O filme "A Invenção de Hugo Cabret" (2011) faz uma ótima analogia à história de Meliès e é indispensável para os adoradores da sétima arte!
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